Acorde. Respire. Não tenha pressa. Porém, venha salvar-me deste mundo predestinado a acabar. A ânsia que sentimos ao sair de nossos túmulos é a indesejável desgastante certeza da solidão. Não! Não culpe-se por assim como eu desejar a perfeição. Vimos que isto é uma pura ilusão que a sociedade implantou para perdermos tempo. Então, segure em minhas mãos. Amo te amar e ser imperfeito. O porto seguro para os nossos pés está nesta sincronização que alimentamos. Também acordo. Respiro. Tenho pressa em te ver, sentir o seu puro olhar contra mim. Ter suas pequenas e suaves mãos ao meu corpo. Hoje aqui estamos e não estou sonhando. Quase não durmo e isto torna-se tão confuso, perplexo em minha cabeça. Não percebo tanta diferença do ontem para o hoje. Então, pergunto: Hoje já falei que te amo?