Não pedimos licença e invadimos o esquema.
Não tomamos de assalto, apenas reconquistamos o que também é nosso por direito.
Tentaram nos calar e nos diminuir com aqueles olhares de preconceito e há muito tempo já disseram: “Se vocês não sabem ler, como um dia irá saber escrever?”.
Pois é…
Mostramos o contrário, quebramos a ignorância dos ignorantes. Mesmo tendo alguns de nós sem graduação, mestrado ou doutorado.
Calamos as outras vozes com as nossas atitudes e nós orgulhamos, pois hoje somos muitos, milhares, bilhões de escritores, poetas e rimadores.
Militantes. Ativistas. Brasileiros periféricos.
O berço, a massa da desigualdade racial, social, cultural e econômica.
Mas demonstramos com amor e determinação que a nossa realidade seria mudada com união, fé em morrer pelo que acreditamos.
Nossos sonhos…
Estão além de mil novecentos e oitenta e quatro palavras.
Somos a expressão.
A voz daqueles que não conseguiram falar, somos a energia daqueles que morreram para nos ensinar a caminhar.
Somos a esperança daqueles que viram com a mesma vontade de lutar. Mas sem violência e sim com inteligência.
Pois sou um cercado por tantos outros que estão caminhando por este mundo a fora.
Então, não tenha medo e olhe em nossos olhos e verás o respeito.
Veja em nosso coração o prazer da literatura e a harmonia em nossas mentes.
Seja bem vinda a realidade, a minha Literatura Marginal.