O tiro saiu pela culatra. O mês de Abril tornou-se a internacional mentira social. Nacionalistas travam uma substancial guerra fria com direito a cuspe. Democráticos e estelionatários. Livros circulam de um lado ao outro, porém não veremos menções no Twitter. A educação e a cultura no nosso país sempre foram esmolas. Sobreviver das artes é uma grande arte. No cenário deste cotidiano, não temos como pauta outros assuntos. Tudo agora é política, corrupção, posição e conflito. Por acaso, cadê o romance literário? Os escritores? Nossa… Tudo está tão perdido, fosco. A real vida suja e submunda narra tempos de revolução. Mas… Qual revolução seria esta? Quais os motivos? Quem ganha ou perde? Neste jogo de infinitas perguntas, eu acho que o cego, surdo e mudo são os verdadeiros vencedores. Pois enxergar tudo não é a solução, ouvir a todos amplamente podem causar graves transtornos psicológicos e por fim, falar por demais há de gerar infinitas polêmicas. Acredito que viver como um “covarde” não seja a solução de todos os problemas, como da mesma forma viver o “herói”. Então, será o caso de sermos “anti heróis” dentro de nossas próprias vidas. Será?