Rascunhos sob a mesa. E, tantos outros vagam pela minha cabeça. Chega! Agora resolvo abrir a gaveta. Borrachas apagam somente sombras de um passado. Por tão pouco, rasguei as pequenas folhas ao meio. Corpos nus ainda são minha grande inspiração. Somos fragmentos deste universo cósmico. Gavetas vazias. Corações divididos, dilacerados, receosos. Fartos de otimismo, amor, esperança e paz. Simples viagem ao tempo. Então, paro para reescrever pensamentos. Transcrevo aromas entre poeiras ou micro partículas. Enxergamos agora nossa infeliz vulnerabilidade. Pedaços de madeiras no chão. Folhas em branco por todos os cantos. Estamos distantes por quantos metros quadrados? Quilômetros? Ah! – grito. Se ainda fosse tudo somente saudade, haveria oportunidade de ser um verso bonito. O cinza cansa. As cores encantam. Fones nos fazem murmurar canções. Olhe ao lado e verás que continuamos solitários. Conexões pessoais somente por meios virtuais. Por fim… Eu talvez esteja enganado, perplexo ao observar surtos, cegos e mudos em suas telinhas brilhosas a cada centímetro. Será que haverá tanta esperança assim no futuro?