Dois. Zero. Um. Seis… As cortinas se abriram, neste palco apenas uma luz brilha sobre o protagonista. Observado, odiado, amado e rejeitado cronista. Agradeço aos interessados por esta breve visita. Lá fora, a minha vida de nada importa. A menina arrota, chora, grita por fome e manha – todos nós gritamos por algo. Cores e valores narram o nosso país. Enquanto alguns procuram a sua identidade racial. Cômico, hilário. Observar todos estes vômitos. Bloco de papel amarelado na parede. Notas verdes banhando “World Trade Center Brasil”. E, agora? – Grite. Em seguida, cale-se. Escute o teu solitário eco. Entre gemidos e orgasmos. Vestes de seda para este meu caótico e simples universo. Insanidade é o sobrenome de todos diante de Deus. Cortaremos pulsos, enforcaremos nossos ancestrais, queimaremos nosso passado. E, ao final pediremos perdão. A benção por migalhas de pão. Notas avulsas aqui é o menu gastronômico, então venha saciar esta maldita abstinência já que estes pratos estão sob a mesa: luxúria, gula, cobiça, preguiça, ira, inveja e orgulho.