Guitarras. Baixos. Baterias. Sons misturados. Ouvidos intactos. Pensamentos compactados por frações de segundos. Retorno a ouvir ecos. Berros. Materializados. Olhares indiscretos. Lábios que anseiam outros lábios. Fatores não exigirão cores. Para todas as mortes, um buque de flores. Góticos sabores. Silêncio. Fúnebre.
Páginas em branco. Tintas frescas. Lápis versus Canetas. Escribas semeiam letras. Jogue-me aos entes. Abrace-me nesta solidão gigantesca. Fronteiras. Invioláveis sentimentos. Remorsos não trazem apenas sofrimento. Histórias ocultas. Passado. Presente. Futuros descrentes. Beije minha face.
Relógio de pulso quebrado. O tempo não volta. Sinto o perfume, Dama da Noite renasce. Eu vago por esta fronteira digital. Entre aço e concreto meu coração é vulnerável. Repito. O quase tudo. Não consigo lembrar dos meus sonhos. Corte-me os pulsos. Diga-me que foi por acaso. Somos em algum momento abençoados.
Confinados pensamentos. Egoísmo tesouro. Lavo minhas mãos. O corpo. Desejo tanto o repouso. Retorno a não ver saída. Guarde-me por si só. Celas brancas aos nossos corpos. Animais racionais. Julgados de insanos à gentis. Nem sempre necessitaremos sair. Ambulâncias. Viaturas. Ruas. Sinalizações. Para nada servem aos cegos.
Pés gelados. Pombos inspiram-me a voar. Borboletas em extinção. Sábios doentes brincam feito cães de estimação. Ouça… Apenas o meu suspiro. Referências desnecessárias. Escritores são como água, fogo, terra e ar. Universo este o qual estou predestinado a vagar. Arte solitária analítica deste membro gravitacional.
Feche os olhos e vomite tudo que leu.