Corpo. Vermelho. Vermelho corpo. Corpo vermelho. Relato. Descrevo. Vejo nisto a essência da pura arte. Minha opinião de nada vale e se vale, então me pague. O mundo não acredita. Acreditam nas mentiras que pintam em boas molduras. Falo verdades. Rabisco pensamentos. Misturo poemas. Protesto contra os meus próprios lemas. Entre alguns, há quem entenda. O vermelho nem sempre é sangue ou perigo. O santo nem sempre veste branco. Pois, neste mundo tão insano, vendem o amor por trinta moedas de prata. Compram o sexo da mesma forma que compram cachos de bananas na feira. Por fim, acabou a luz. Não! Só andamos como cegos na contra mão desta multidão.