Desperto neste amanhecer solitário. Não. Apenas, desperto. A solidão hoje ou neste momento não será a protagonista deste insaciável calor que existe entre nossas mãos entrelaçadas. Guardo isto em meu consciente antes de desejar e provar o teu corpo. O vínculo. Somos pluralmente estranhos perante ao mundo que habitamos. Por fim, resta-nos alimentar as nossas necessidades entre lençóis e edredom – não precisamos de muito. Sendo que já temos o bastante por viver a cada segundo. Venha. Siga-me. Brinque com o meu corpo enquanto por breve cósmica intuição compartilhamos os nossos sentimentos. A dama entre o drama da libertinagem que oculta-me nesta imagem sentimentalista. Quero o teu querer. Sem querer, já querendo prever o tempo. Pois, apenas peço a ele que não a leve. Não a roube. Não destrua a sincronização enigmática de nossos corpos. Não desperte com todos encantos. Não dormi. Não sonhei e sim, contra a luz do teu quarto vivi algumas horas por ti.