Por egoísmo… Sou descritivamente como um copo em suas mãos. Cristalino, transparente de boas e más atitudes. Cheio, daquilo que pudesse ser puro ou impuro para acalmar esta insaciável sede. Por egoísmo… Sem dono, um pedaço de vidro no mundo. Disperso. Cacos que podem ferir a carne, o coração. Quebrar sonhos ao colocar-se seus pés no chão. Não por egoísmo… Existe algo indomável ao sentir-se como um copo. Corpo. Espaço refletindo este tangível escurecimento. Bocas se aproximam deixando paladares… Calor… Fluídos. Ser como um copo. Corpo. É ser algo solitário de pouco sentimento por estarmos propícios a transbordar de toda e qualquer pretensão. Cuidado. Não existe pluralismo neste universo tão singular feito de vidro. Não dormimos como desejamos viveremos e morreremos saciando orgias. Por egoísmo ou não ser um copo vazio em alguns momentos é limpar a alma com bolhas de sabão.