Sem pedidos de desculpas

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Retornei com a mente engatilhada, preparado. Passei dias ocultando aquilo que iria apenas privar a minha sensibilidade. Esgotou-se aquele sentimento agonizante de caminhar de um lado para o outro e por fim, não encontrar uma saída. Contudo, sou meu inimigo interno, além disto, odeio possuir rótulos. Levantar bandeiras como fazem certos escritores que resolvem e preferem escrever somente quando estão contra o mundo – sou diferente e talvez eu prove isto a vocês.

Rezem, orem, acendam velas por mim para que eu não deixe de escrever ou vomitar palavras e se por acaso nesta minha displicência eu cometa alguns erros, desculpe. Escrevo rápido para não perder a linha de raciocínio, a energia, a minha entrega e o conflito de amor e ódio. Vejo a minha inexperiência para entender algumas coisas, caminho ainda por uma longa estrada desejando encontrar no final algum tesouro perdido. Tolo sentimento este meu e provavelmente umbrático.

Três meses se passaram praticamente neste início de ano e ainda estou adaptando-me as incríveis transformações. Neste constante ciclo, luto para não deixar de escrever, expressar-me aos poucos e fiéis leitores – talvez, eu não tenha mais nenhum e isto não me incomoda, pois estou acostumado a falar sozinho, guardar tumores, desejar de um lado rios trágicos e no outro, alimentar como se alimenta uma criança de puro otimismo. Seja bem vindo aos meus fracassos, as minhas imperfeições, as armadilhas que preparo para arrancar o seu coração. Venha, vamos lá brindar com o meu sangue as omissões que construíram esta vida desregrada – acredite, nem que seja por uma única vez, mas o meu amor próprio é o verdadeiro anseio egoísta que carrego em meu coração.

Calma! Não me deixe, não vire as costas, não deixe de ler este ponto de vista, certamente seja o único momento que as coisas passarão a ter sentido. Por outro lado, desejo muitas coisas e tão pouco eu já tenha conquistado. Recordo-me dos grandes amores que já tive e ao meu lado em sua maioria todas elas amavam o meu otimismo, outras a minha ousada inteligência, o erotismo. De contra partida, elas odiavam esses meus dias infernais durante o período matutino e entregavam-se a ele entre lençóis de seda ou edredons pela noite e madrugadas adentro. No final, cansaram-se de caminhar por esta estrada quando viram que não existia mais volta e sim, apenas a mesma decisão a ser tomada: o recomeço sem pedidos de desculpas.

Vamos lá, deixe um comentário ; )

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