Cotidiano comum

cotidiano comum

 

A cara cortada. O nó na gravata.

Chuva cai e molha a empregada.

O andarilho, os cães, o anjo de cara negra.

Descalço pelas ruas da cidade.

 

Vaidade esbanjada. Grife da vadia enjoada.

Pobre suicida que tenta satisfazer o seu desejo.

O dinheiro que compra tudo. O abraço gratuito tornou-se obrigatório.

Não existe amor em SP para os tolos rebeldes.

 

O cobrador do ônibus desanimado. Sonolento. Exausto.

O motorista estressado. O idoso genioso. A criança chorona.

A bela de óculos escuros com fones nos ouvidos. Sexy com nariz e rabo empinado.

Os manos que falam gíria. As tias que falam em nome de Deus.

 

As ciganas do centro anseiam prever meu futuro.

Prostitutas afirmam garantir meu prazer.

O vendedor ambulante corre para não perder.

Todos querem vencer.

 

Todos andam atrás de um troco. Lucro.

Sonho de ganhar na mega sena. Para tudo tem fila e senha.

Preferencial do lado esquerdo ou direito.

Os políticos estão sempre no meio termo.

 

Um dia comum. Pessoas diversificadas. Credo.

Incrédulo. Crentes. Não somente de fé.

Acreditamos em nossas verdades e nas mentiras.

 

Nada talvez seja tão comum.

Colorido ou cinza.

Veremos o que optamos ver neste cotidiano.

 

Vamos lá, deixe um comentário ; )

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