Sob o nosso solo sagrado restaram pétalas.
E antes delas havia amor.
Calor e poesia.
Havia tempos de primavera até no inverno.
E antes das estações havia afeto.
Olhares e palavras doces.
Sob o nosso templo sagrado restaram pétalas.
E antes havia somente sexo.
Papéis estraçalhados.
Havia e restava necessidade, talvez culpa.
Antes, bem antes de nos acharmos perfeitos.
Deuses, anjos.
Sob nossos corpos restaram pétalas.
Antes de mencionarmos palavras de perdão.
E restaram…
Versos molhados.
Nossos demônios e nada mais…
Somente pétalas.