Sou frágil.
Pela poesia que liberta
Transforma o campo visionário
Que permite nos entregarmos de corpo e alma.
Sou frágil.
Por carregar a poesia em meu peito
Mostrar-me viciado pelo seu encanto
E soa-me a vulnerabilidade.
Sou frágil.
Em aceitar que confundem o poeta com rimadores
De enxergarem a igualdade das cores
Sem preocupar-se com os nossos valores.
Sou frágil.
A existência da sensibilidade da alma
Aos poderes que a poesia me trouxe
E não irei engrandecer-me por isto.
Sou frágil.
Ao descobrir que os seres humanos são destrutíveis
Por ver beleza a onde existe o lixo, a podridão.
E isso não é vaidade, é pura poesia.
Sou frágil.
Por ainda não utilizar algumas palavras
E sim por falar da poesia que invade a senzala e o casarão
E do amor que pode tocar o coração dos capitães do mato.
Não sou frágil.
Por ver a poesia em sua própria poesia
De ver o amor não como muitos conseguem enxergar o amor
E ainda assim respirar o doce ao despertar.
Sou forte, frágil de conviver entre palavras.
Palavras de benção e maldição, um perigo em más mãos.
Pois carrego eternas palavras que podem matar ao serem mal ditas.
Malditas por si só e até por ser frágil.