O meu corpo é a minha arte
A minha cor não me tornou covarde
Sou rabiscado pelos dramas
O contraste de uma sociedade
O olhar negro do preconceito
Não sou considerado como herdeiro
Nem muito menos a cor azul está em meu sangue.
Ao contrário já sou doutrinado a acreditar no contrário
No verso revolucionário
Resistente de revoluções étnicas
A sombra de um líder, o carvão em minhas mãos
Não se tornaram pólvoras de um revolver
Mas já deixei carimbada a tela da amargura.
O meu corpo nunca esteve manchado de sangue
Mas sim de arte e expressões
De cores num mundo de diversas cores
Em uma atmosfera que te preferem ver cercado de flores
Deitado entre elas
Um último beijo talvez em minha testa
Para não entender que só a arte é o que me resta.