Vejo a sua alma como o teu corpo nu
Desejo-te, engano-me ao falar que te amo.
Observo o seu linear e logo me calo.
Ainda tenho por ti o apego
Mas estou jogado a minha solidão
E por fim, amo-me.
Muitos podem fazer por você loucuras
Eu pensando nisto acendo um cigarro
Olho para a fumaça e não penso em nada.
Sinto-te acolhedora
Protetora dos meus pesadelos
A minha santa nua.
Me pego a acariciar os seus seios
Ao dormir abraço-te antes de me despedir
Corro o risco de não voltar.
O meu descanso é aterrorizante
Tenho medo em não acordar
Não poder dizer adeus.
Sou amante do meu próprio eu
Vejo a sua alma e a sua nudez
Sinto o seu perfume mesmo depois de abrir a porta.
Já que está na hora de partirmos
E já sabemos que não haverá volta
Para a minha obsessão.