A cadeira

Lá estava meu corpo

Trancafiado, preso.

Cercado por enfermidades alheias

Ninguém ouviu o canto das sereias.

 

Nem perceberam a onde foi parar meus pensamentos

Agora meus inimigos estão declarados.

Os seus sorrisos se espalham

Declaram-me.

 

Por outro lado incensam-me por qualquer motivo

Guardo-me ao falar.

Oculto lágrimas ao me pronunciar

Venha-me silêncio me acompanhar.

 

Neste passeio sem destino certo

Acompanhado pelo favor, socorro.

A onde da cintura para baixo não me movo.

Não sinto.

 

A sensibilidade que existia em meus passos

Tornaram-se apenas recordações que fere.

Mágoa, limitações, desilusões agora posso alimentar.

Saciar.

 

Ao mundo fantástico dos paralíticos.

De corpo, mente e espírito.

Englobo-me ao seu universo sem autodomínio.

Muitos menos por efeito.

 

Meu defeito foi achar que iria demorar

Para encontrar, abraçar.

Apoiar-me na vulnerabilidade

No detrimento.

 

Eis-me neste instante repousar

Pois somente isto me resta

Além de olhares miserados

E uma cadeira de rodas quando despertar-me.

 

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