Antigo falcão…

 

O vento levou para o outro lado

Não está mais seguindo para o Norte

E nem muito menos para o Sul

 

Ouviram em algum lugar o seu nome

Mas a triste notícia é o que realmente te consome

Preferivelmente resta apenas o anonimato

 

Daquele menino marrento que já passou fome

Viu a violência de perto

Sentiu apenas vontade e o eterno desejo

 

O gênio da lâmpada mágica que nunca esteve presente

Os contos de fadas que não alimentaram os seus sonhos

Então, o menino apenas observa o vento

 

Que segue em direção ao lado Oeste

Já um homem criado que está rumo ao Leste

Agora imprevisível e indomável

 

Obteve a sua subida na vida

A gerência na vida do crime

A opção de escolha tem as duas faces

 

O menino homem não brinca com a verdade

Brinca de esconde-esconde com o medo

Perde longas noites de sono

 

Convivendo com a sobrevivência e os desejos de infância.

Incomum. Indiferente.

Eis ele a dizer que já foi Falcão.

 

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