A sociedade está em alerta, preocupada com o presente e despreparada para o futuro. Os valores primordiais estão invertidos, sinceramente posso dizer que vivemos perdidos. Drogados, manipulados pelo governo, religião e até pela ciência, tecnologia e aquelas longas mitologias urbanas.
As sábias perguntas, ou melhor, as centenas de milhares de perguntas a onde não encontramos as respostas, e quando encontramos a primeira, todas as perguntas automaticamente se transformam abstratas e até coloridas.
Afinal, há anos que vivemos pelo contraste. O negro e o branco compartilham frustrações com o amarelo, o pardo, pobre. Não ignore a realidade, pois ela é igual à fome.
Miserável. Insaciável, sobrevivência que consome tempo, pausa realizações e atrasa sonhos. E já não é segredo, em dizer ainda que o poder social está nas mãos de pessoas de maior poder aquisitivo. Uma cólera capitalista, o sonho americanizado brasileiro. Os reis do petróleo que não tornaram o nosso país em monarquia, pois nesta altura acho que deveria sim.
Já que pagamos altos impostos para sustentar corruptos no poder, deputados, vereadores, senadores e todos aqueles vices. O campeonato dos partidos ilusionistas da verdade, criadores da impunidade. E calma, está chegando o grande dia de acompanharmos o circo das eleições, na presença dos palhaços trapalhões, fanfarrões.
Aplausos. Para está plateia que não fala, não ouve e enxerga apenas o que deseja. Chega. Peço gentilmente que olhem além de suas vidas, universos, mundos periféricos. O povo pobre deve parar de se prender a uma cultura que lhes fazem viver como ratos de laboratório, correndo atrás do próprio rabo. Neste contexto, sei que vivemos como leões, uns matando ao outro, por poder, droga, mulher e até por fé.
Sobrevivência limitada. Orgias que agradam e a vaidade que consagram.
Pregam, impregnam o amor multicolorido, o ódio islâmico e o terrorismo urbano. A imprensa utópica, maquiadora. E serei obrigado a dizer:
– Corra! Corra! Forrest Gump.
E deixe-me. Terminar está minha carta à sociedade, alimentar o coração dos covardes e ensinar as crianças com algumas frases. Para não continuar a ver o analfabetismo que não entende o que eu digo.
Entendeu sociedade.
Injênuamente rezo para que cada um receba o tiro com o mesmo impacto que absorvi. Corra! Corra!