Vejo-te na varanda. Mas você não percebe.
Da rua apenas observo-te e me apego.
Ao seu charme, aos seus traços e ao teu olhar mágico.
Seu sorriso cativa. Instiga em mim a alegria, o amor.
Então sinto.
Seu perfume, sua energia e queria sentir o seu calor.
Tocar em sua pele, sentir o seu cabelo castanho sob minha face e fazer parte de toda a sua vaidade.
Mas na verdade, tudo isso são lembranças. Pois estou preso no mundo dos loucos.
Perturbados e apaixonados por suas ilusões que chega a deixar alguns sem dormir.
A onde as pessoas andam inquietas de um lado para o outro com as suas roupas brancas, mas não são anjos.
E não me engano. Estou ciente que do outro lado dos muros os habitantes chamam este lugar de manicômio.
E esqueceram…
Esquecerão.
Que os lunáticos também amam, mas não podemos nos declarar aos lúcidos.
Pois o amor pode ser descrito como uma loucura crônica.
Irônico.
É eu pensar que você pode se apaixonar por mim quando olhar para baixo e me ver sentado preso a este banco e muros altos.