458 Anos

O amor você esconde, não se entrega, não se rende

A vida passa a ter várias histórias em suas avenidas,

Viadutos, morros, vielas, travessas, becos e ruas.

Com vários aromas, você seduz, encanta, engana

Nos torna, escravos, colônias, descendentes, carentes

Inocentes, fiéis, ignorantes, andarilhos.

Pelas Praças, parques, esquinas, ruas sem saída, debaixo de pontes

Encontramos mendigos, homens, mulheres, crianças,

Na sua dura realidade, solidão e ilusão.

Entre os incríveis congestionamentos, muvuca, existem tantos sentimentos

Pessoas concentradas em si, outras pessoas jogadas ali, pequenas descalças aqui.

Olhares, angustiados, tensos, preocupados.

Em suas veias cinzentas, temos a feira livre, a simplicidade e o carisma

Somos cercados, pela cultura, arte e drama, na ação tem a sua incansável violência

Porém, tem tantos guerreiros que corre de um lado para o outro, trabalhando 24 horas.

Somos eternos românticos, amantes, estrangeiros, imigrantes

Pais, filhos, avós, netos

Pessoas que construiremos em vocês grandes estruturas, edifícios.

Que mesmo sendo desprezados, ignorados,

Temos em você um amor viciante, eterno, opaco, quente

Por você, agradecemos, sorrimos, oramos, rezamos, choramos.

Comemoramos o seu nascimento todos os anos,

Parabenizamos por vivermos em ti, sofrer, morrer e ter incansáveis sonhos.

Pois são ainda 458 anos.

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